***BURLESCAS*** Estreia Nacional Sexta-feira 13 com Webtransmissão Ao Vivo!!!
Los Juegos Provechosos - Slideshow
Rua XV de Novembro, Boca Maldita.
Festival de Curitiba, 2009.
3ª Mostra Novos Repertórios.
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no espaço tomado da casa vermelha, ao longo das duas horas do evento, delineavam-se os principais leitmotive da companhia silenciosa, visitados e revisitados e aprofundados em todos seus 17 trabalhos subsequentes.


eis a indômita equipe responsável por tamanha realização:
ANFETAMINAS NÃO FAZEM BEM À SAÚDE MAS SÃO ÓTIMAS PARA ADUBAR O JARDIM
Roteiro e Encenação: GIORGIA CONCEIÇÃO
Elenco: LÉO GLÜCK, FÁBIA REGINA, CILIANE VENDRUSCOLO, ELIZANDRA SANTOS, LUCIANNA RAITANI, DAYANA ZDEBSKY, JULIANA ADUR, TITI SOUZA
Participação Especial: BANDA POMPÉIA
Encenador Assistente: HENRIQUE SAIDEL
Sonoplastia: ADRIANO ESTURILHO
Figurinos: ANA CRISTINE WEGNER
Cenários: HENRIQUE SAIDEL
Iluminação: FÁBIA REGINA
Operação de Luz: CLEBER SILVESTRE
Maquiagem: LÉO GLÜCK
Pesquisa Iconográfica: ROSSANO SILVA e LILIANE MOMM
Programação Visual: HENRIQUE SAIDEL
Fotografias: ALESSANDRA HARO
Produção: ARTESTRATÉGIA


Dois dias depois da apresentação, chegaram os primeiros ecos.
Comemorando, pois, esta data festiva, publicamos agora o texto da Prof. Dr. Margarida Gandara Rauen, inédito até então.
Rubrica: personas se movimentam sobre pedestais. Sonoplastia marcha nupcial; 1ª contradição: à memória de uma igreja sobrepõe-se a cena do que poderia ser um night club e ali personas apresentam corpos-energias pseudo sensual – pseudo enquanto esgotados corpos se agitam e procuram alcançar quem olha. Entre as penas/algodão e a meia arrastão o jeito de buscar o pélvis e a maquilagem e a janisjopliana figura com óculos que circula nervosa muda o som é Roberto Carlos ou então o outro espaço em que as “dancers” marginais mulheres vem pra mesa de café, pra divisão de melancia, pra fritura e pra lavação de roupa aspectos do cotidiano... Ano após ano vivendo, seria esse cenário o interior do bordel mais pobre de qualquer urbe onde não há banheira hidro e piso de mármore ou blinder nem tela assinada, mas uma bacia velha e mesmo assim a ingenuidade alegre da brincadeira de bola. Jogo todos nós jogamos e logo o jogo vira mais que riso / é corte é exclusão / corte seco / a banda abafa tudo com rock abafa a dor de saber o vazio é comer o último chocolate do chão como os porcos procuram ração e a “bailarina/dancer” então atira doces em todos, como Artaud queria atirar pedras em seu público talvez porque ele mesmo era frustrado? Muito simples jogar pedras: o público nem se mexe e as dancers saem a banda pára... O fantasma de Artaud se eleva e não temos mais tempo o tempo acabou na noite anfetamina saúde abstração sucata plástica poético reflexo de nossas tantas sucatas humanas e materiais.
Pra Giorgia
com carinho,
Margie 10/06/02
E QUE VENHAM OS PRÓXIMOS 07 ANOS!!!
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Nossa Beleza e Aventura Futurística
Ainda — mesmo depois da morte do tempo & do espaço — cantamos o amor ao perigo, o hábito da energia & a intrepidez. Desde então a literatura exaltou uma imobilidade pesarosa, êxtase & sono. Nós exaltamos a ação agressiva, a insônia febril, o passo ginástico, a bofetada & o soco. Nada de sensíveis romances pós-estruturalistas sobre necrofilia.
Nós afirmamos que a magnificiência do mundo foi enriquecida por uma nova beleza: a beleza da velocidade & do artificial. O carro de corrida cuja capota é adornada com grandes canos, como serpentes de respirações explosivas de um carro bravejante que parece correr na metralha & a solitária boneca inflável com realísticos buracos de silicone cor-de-rosa são mais belos que a Vitória da Samotrácia. Não há beleza fora da luta. Nenhum trabalho sem caráter agressivo pode ser uma obra de arte.
Agora sim nós estamos no último promontório dos séculos!... Por que nós deveríamos olhar para trás, quando o que queremos é atravessar as misteriosas portas do Impossível? Nós já vivemos no absoluto, porque nós criamos a velocidade, eterna, onipresente. Nós destruímos toda covardia oportunista ou utilitária. Nós cantamos as grandes multidões excitadas pelo prazer, & pelo tumulto; nós cantamos a canção das marés de revolução, multicoloridas & polifônicas nas modernas capitais; nós cantamos o vibrante fervor noturno de arsenais & estaleiros em chamas com violentas luas elétricas; cantamos o glitter & a dança do acasalamento; estações de trem cobiçosas que devoram serpentes emplumadas de fumaça; pontes que transpõem rios, como ginastas gigantes, lampejando no sol com um brilho de facas; navios a vapor aventureiros que fungam o horizonte; o salto alto & a perna desnuda; locomotivas de peito largo cujas rodas atravessam os trilhos como o casco de enormes cavalos de aço freados por tubulações; & o vôo macio de aviões cujos propulsores tagarelam no vento como faixas & parecem aplaudir como público entusiasmado.
Preferimos ser idiotas a ficar obcecados pela morte. A nossa arte é feita de excesso, superabundância, assombro. Usamos nossa raiva, nosso asco, nossos desejos verdadeiros de caminhar em direção à auto-realização, à beleza e à aventura. Nossa bomba negra explode em esperma & estalos, ervas hilariantes & pirataria, estranhas heresias xiitas & fontes paradisíacas borbulhantes, ritmos complexos, pulsações da vida, tudo o que for sem forma e raro. Debochamos do fetichismo elitista de niilistas patéticos, o autodesprezo gnóstico dos intelectualóides “pós-sexuais”. Esse é nosso desejo verdadeiro & para realizá-lo precisamos contemplar não apenas uma vida de arte pura, mas também o crime puro, a insurreição pura. Amém.
Léo Glück,
Companhia Silenciosa - Maio de 2009.
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Preparação para os 100 anos do Manifesto Futurista!!!
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LEVE A COMPANHIA SILENCIOSA PARA CASA



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LOS JUEGOS PROVECHOSOS no Festival de Curitiba 2009!

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